Senhor Repórter (Edmar Eudes, Poeta popular, Serrinha, Fortaleza-Ce)
Me desculpe senhor Repórter,
hoje a praça está em graça!..
Não tem dor
Não tem desgraça
Nem há corpos pelo chão
Não há choro
Não há luto,
É um sossego absoluto
No embalo da canção!
Tudo aqui é poesia,
É seresta e cantoria,
Muito rock, rap, reggae e baião.
Me desculpe senhor repórter,
Hoje a noite aqui é bela,
não tem nada pra sua tela
Meu "três oito" é um violão.
Abusando das palavras ( Aglailson Di Almeida - Sarau da B1, Poetas de lugar nenhum, Jangurussu, Fortaleza, CE)
Enquanto eles usarem as armas de fogo
Abusaremos das palavras
Jogaremos coquetéis de versos incendiários
Antes que eles venham com seus canhões e suas fardas sujas
Ocuparemos as ruas com a nossa poesia
Ocuparemos as periferias com nossa prosa revolucionária
Enquanto eles derramarem sangue inocente
Contra atacaremos com rosas e livros
Enquanto eles vierem com a pólvora
Nos defenderemos com a nossa arte e nossos sonhos de paz
Sejamos fortes irmãos
A poesia há de nos salvar
A poesia há de nos unir
Poetas de todos os cantos uni-vos
Atirem sons de liras
Cuspam poemas na cara do sistema
Amai-vos uns aos poetas irmãos. ..e assim venceremos!
Mataremos o sistema por dentro
Com sua própria vergonha de ser violento